terça-feira, 17 de novembro de 2009

A humanidade se depara com a decadência do jornal escrito

Querendo ou não, é inevitável a migração dos leitores de jornais escritos para os respectivos sites editoriais ou outros meios de informação oferecidos hoje pela internet. Parece-me que a humanidade se depara com a decadência dos meios de comunicação tradicionalíssimos, como a televisão e o jornal escrito em detrimento da internet.

Nessa transformação, vejo algumas particularidades que justificam o quase fim do jornal escrito. Primeiramente as pessoas querem a notícia de forma mais cômoda e rápida possível. Não querem perder tempo a ficar lendo aquele calhamaço de papel. Não podemos negar ainda o mal que fazemos ao meio ambiente com a grande produção de lixo. E esses jornais contribuem com essa produção.

Por mais que uma folha de jornal venha ser útil para qualquer outra coisa, após o seu uso básico, como “embrulho de peixe”, por exemplo, não podemos dar ao luxo de continuarmos a produzir tantas folhas de jornal, sendo que nenhum leitor, por mais assíduo que seja, vá vê-lo de “cabo a rabo”. E esta é a questão.

Esse mesmo leitor tem acesso à internet e busca, inevitavelmente, as mesmas informações contidas no jornal escrito. Se não for no mesmo site do jornal, há de lê-las em outros sites de informação. Além do mais, até mesmo aquele leitor que não é assinante já está plugado nos mais variados sites de informação espalhados pela internet, entre eles os blogs e twitters.

Não que apoio o fim dos jornais escritos. Porém, ao invés das empresas de comunicação impressa diariamente jogarem no lixo milhares de folhas de jornal, porque precisam editar os seus cadernos de assuntos específicos, pretendendo assegurar seus clientes com a disponibilidade do maior número de informação possível, deveriam sim fazer mais uso da internet para conduzi-los na busca da informação complementar. E deveriam permitir o acesso integral dessas informações.

Por exemplo, ao invés de editar o Caderno de Esporte, por que não fazer com que o leitor busque essa informação de forma detalhada no site do jornal, com uma maior riqueza de detalhes, podendo não só ler, como também ouvir e ver a informação? Deveriam publicar apenas o “grosso caldo” da informação. Isso valeria, logicamente, para outros cadernos do jornal. Deixar as informações de interesse coletivo para ser publicadas no jornal penso que é a melhor atitude hoje das empresas de jornal escrito tanto para evitar sua extinção, quanto para colaborar com o nosso meio ambiente.

Por outro lado, os jornais escritos se deparam com um problema que talvez esteja longe de se resolver: como disponibilizar todo o conteúdo na internet? Alguns questionam: seria o fim do jornal escrito; outros defendem que não. Sobre esse assunto, o site http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=7&i=5431 traz um artigo interessantíssimo que fala da batalha ideológica do acesso na internet, onde os grandes jornais escritos se dividem em permitir e não permitir que internautas não assinantes possam ter acesso ao conteúdo do jornal. Leia o artigo e tire suas conclusões. Mas que é uma ida sem volta, isso é.

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