sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O PODER DA APRECIAÇÃO




Qual o conceito que temos de apreciação? Quando falamos em apreciar, remetemo-nos tão logo a um bom vinho, um suculento prato típico, um filme que ouvimos falar e desejamos muito assisti-lo, ou coisa assim. Dificilmente paramos para refletir sobre outras possibilidades de aplicarmos tão bem quanto o verbo apreciar.

Nessas minhas abstrações – e essa é mais uma delas – quero iniciar o assunto trazendo um exemplo resgatado do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas. Nessa literatura, tem uma passagem no mínimo interessante que trata exatamente sobre esse tema: a importância da apreciação. Com essa leitura, tive a oportunidade de aprender o outro lado do verbo apreciar, ou melhor, uma outra maneira para ser aplicado e que traz surpreendente resultado no âmbito das relações humanas. Para exemplificar o poder da apreciação, Dale Carnegie, autor desse livro, traz um bom exemplo, abordado, segundo ele, num programa de rádio, em que o apresentador relata uma história reveladora. Disse ele então:

“(...) uma professora de Detroit solicitou a Stevie Morris que a ajudasse a procurar um camundongo que estava solto na sala de aula. Entenda-se: ela apreciava o fato de que a natureza houvesse dado a Stevie algo que na sala ninguém possuía. A natureza havia dado a Stevie um aguçado par de ouvidos para compensar sua cegueira. De fato, era aquela a primeira vez que alguém reconhecia a capacidade de seus ouvidos. Hoje, após muitos anos, ele afirma que aquele ato de consideração iniciava uma nova vida. A partir daquele momento, começou a desenvolver seu dom auditivo e esforçou-se por se tornar, sob o nome artístico Stevie Wonder, um dos maiores cantores e compositores de música popular dos anos 70”.

Com esse breve exemplo, que trata de um homem excepcional naquilo que se propôs a fazer, mesmo dada a sua limitação visual – compor, tocar e cantar com a alma, deparamo-nos com um cenário, visto não só pela sua relevante exposição frontal, mas também por aquilo que o estabelece e sustenta nos bastidores.

Se do lado da frente desse cenário existe o influenciador poder da apreciação, que motiva, desperta e realiza transformações na vida das pessoas; do lado de traz, nos bastidores, encontram-se a sensibilidade, a assertividade e o entusiasmo de pessoas predispostas a agir em seu dia a dia com bons propósitos, seja com os familiares, seja com seus subordinados ou colegas de trabalho, seja em reuniões com amigos, seja ainda com pessoas desconhecidas, de modo a reconhecer o que há de bom nos outros em sua volta. Desligando-se de si próprias, do orgulho e da avidez, essas pessoas buscam olhar o próximo não visando o seu lado fraco ou ruim, mas valorizando-o e estimando-o com palavras de elogio e de reconhecimento de modo verdadeiramente sensível e direto. Esse ato, tão simples e humilde, tão poderoso e fortalecedor, tem o poder de transformar por completo e de fazer milagres na vida das pessoas.

Mas porquê estou falando sobre isso? Porque tais pessoas enxergam e praticam a outra ação desse verbo. Elas têm a humildade e a sensibilidade de reconhecer o poder da apreciação, pois sabem muito bem o quão importante é a apreciação sincera por alguém ou por aquilo que alguém faça ou possa fazer de bom. A apreciação faz bem e não nos custa nada, diferentemente da depreciação e do julgamento, que são condenadores e preconceituosos. E a apreciação é inversamente proporcional à bajulação.

Enquanto que a apreciação é algo que emana verdadeiramente do coração, que tem um sentimento muito forte e positivo e que sua consequência é a valorização e crescimento do ser; a bajulação, por sua vez, é algo exterior, obscuramente falso e visa um interesse egoístico qualquer, não de reconhecimento, mas de censurável interesse de outrem por qualquer que seja o motivo racional ou mesmo irracional. E ainda: enquanto que a apreciação enobrece, a bajulação empobrece e causa muito mal. Todavia, importante dizer que existe, na prática, uma linha tênue que divide a apreciação da bajulação e que, portanto, devemos observar.

Para melhor entendimento, trago aqui o significado das palavras apreciação e bajulação. O dicionário Michaelis assim as define. A palavra APRECIAÇÃO significa: sf (apreciar+ção) 1 Ato ou efeito de apreciar. 2 Estimação do valor de alguma coisa; avaliação. Enquanto que a palavra BAJULAÇÃO tem por significado: sf (lat bajulatione) 1 Ação de bajular. 2 Adulação interesseira; chaleirismo.

As pessoas querem ser reconhecidas. Todas desejam isso no mais profundo de seus sentimentos. Trata-se de uma necessidade social. E muitas entram em crise estrema, ficam doentes por não conseguirem tal reconhecimento, por não serem reconhecidas pela sociedade ou mesmo pelas pessoas em sua volta. Todos nós queremos ser reconhecidos naquilo que somos e naquilo que fazemos. O reconhecimento é o estímulo para o crescimento do ser.

“O mal fiz uma vez, e sempre falaram; o bem fiz duas vezes, mas nisso nunca falaram”
(Dale Carnegie)

Apreciar e encorajar são duas formas verdadeiramente eficazes para despertar o interesse e, com ele, o entusiasmo das pessoas e seu crescimento pessoal. O problema é que muitos estão terrivelmente habituados em criticar, julgar e subestimar a potencialidade dos outros. Não têm olhos senão para depreciar. Mas pessoas assim estão, na verdade, se espelhando naquilo que enxergam de negativo nas outras pessoas para servi-lhes de juízo de valor equivocadamente tolo, como se avalizassem pretensiosamente a negatividade do ser, e aí tudo se justifica como certo e normal.

O apreço salva vida, transforma e abre caminho para os bons relacionamentos. Apreciar honesta e sinceramente é como se fosse uma fórmula mágica que provoca uma transformação na vida de alguém. E a apreciação tem um efeito reflexo. Se, de um lado, beneficia aquele que é estimado, entusiasmando-o e aumentando-lhe a autoestima e sua coragem; do outro, é a chave que abrirá portas para a conquista da simpatia, do bom relacionamento e da cooperação.

É preciso que desatemos o nó do rigor enrijecido e sistemático para sermos humildes o bastante em reconhecer no outro o seu valor, a sua capacidade e a sua importância, desarmando-nos do olhar crítico e severo que tão somente nos enfraquece e nos empobrece. Desse modo – e somente desse modo – é que teremos o verdadeiro apoio entusiástico das pessoas, o reconhecimento e a dedicação. Isso é crescimento pessoal, mas, acima de tudo, é crescimento espiritual.

E por falar em humildade, existem algumas passagens na Bíblia que tratam desse tema. Faço questão de citar duas importantes conhecidas: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8).

O significado mais nobre de humildade é a capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações, e ainda: demonstração de respeito, submissão, consideração. Por sua vez, diverge-se de ostentação.

Portanto, é preciso e tão importante que sejamos humildes para agir com humildade. E, através de nossa humildade, capacitamo-nos espiritualmente para servir e também ser servidos; para apreciar o que há de bom nas pessoas e sermos apreciados; elogiar e sermos elogiados. Sem a humildade não reconhecemos nossos próprios defeitos e não teremos olhos para elogiar, muito menos para estimar os outros. Manifestar apreciação é também sermos gratos para com o outro; é reconhecer no outro aquilo que desejamos ser efetivamente reconhecidos; é valorizar as coisas mais simples de cada um de nós; é olhar com olhos santos. Com apreço e gratidão rompemos infinitamente as barreiras em nossas relações interpessoais e, com certeza, conquistaremos a simpatia e a atenção de todos.

Por fim, se desejarmos obter o apoio e o comprometimento das pessoas, devemos, antes de qualquer coisa, desarmarmo-nos da fraqueza em criticar os erros e as ações para, com olhos imaculados, observarmos no outro os pontos positivos que possui e que todos têm. O elogio, sincero e verdadeiro, é transformador e derruba obstáculos e preconceitos. E o sorriso, por sua vez, tem o mágico poder de chancelar a efetivação do bom relacionamento.


domingo, 7 de outubro de 2012

ACABO DE VOTAR


Levantei-me, peguei o meu título, encaminhei-me ao colégio próximo de minha casa, apresentei-me aos mesários, e, enfim, votei. Votei feliz por um lado; irritadíssimo, por outro. Mas votei convicto do que fiz e pretendo fazer. 

Resultado:


Para prefeito meu voto foi para...

Xiii, não foi. Anulei com muita tristeza e indignação, devido essa baixaria desenfreada e corrupta que se depara na politicagem de minha cidade entre politiqueiros e tolos cidadãos vulneravelmente corrompidos e enganados. E não quero falar sobre isso.
Só digo que é uma pena que não votei para prefeito! Espero que eu seja surpreendido. Mas duvido.


E para vereador, meu voto foi para...

HUMBERTO JOSÉ HENRIQUE



Dados do Candidato
Cargo a que concorre: Vereador
Nome para urna: Humberto Henrique
Número: 13333
Estado: Paraná
Município: Maringá
Partido: Partido dos Trabalhadores - PT
Coligação: Maringá de toda a nossa Gente - Pt - Pcdob - Ppl (PT / PPL / PC do B)
Situação: DEFERIDA.

Esse é meu candidato a vereador. É aquele que acreditei e ainda acredito em sua honestidade (pena que é do PT). Mas sei que é gente do bem que quer o bem. Torso por você, Humberto. Você é um dos caras que têm carater e personalidade. A você devemos  - como cidadãos interessados pela moralização e seriedade da câmara municipal e dessa administração tão maculada - estar sempre dispostos a lhe ajudar. Desejo muito que você seja reeleito, pois com você sim a mudança continua.


NÃO PODEMOS É DESISTIR



Em Jerusalém, uma repórter da TV vai ao Muro das Lamentações para entrevistar um velho palestino. Chegando ao local, vê que ele está rezando. Depois de uma hora, o ancião para de rezar e, quando se prepara para deixar o local, ela o aborda:
- Bom dia, senhor! Eu sou da TV Al Jazira e queria entrevistá-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ah... há uns 80 anos - responde o provecto senhor.
- Nossa! 80 anos! E o senhor rezou pedindo o quê, nestes anos todos?
- Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio pare e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade.
- E como o senhor se sente após 80 anos de orações diárias?
- Sinto-me como se estivesse falando com a parede...


Um dia mudará.
Um dia...
Um dia que mudará um dia.
Mudará?
Um dia...
Mudará.

PT É ESSA COISA AÍ



Conversa entre petistas

- Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - respondeu o militante.

- E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - novamente respondeu o valoroso militante.

- E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?

- É claro que doaria - respondeu o orgulhoso companheiro.

- E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?

- Não - respondeu o camarada.

- Mas por que você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?

- Porque as galinhas eu tenho.


SONETO JURÍDICO



Ensinaram-me que a norma era a lei
Tão-somente a lei mais nada era a norma
Por eu não gostar da lei, dessa forma
A norma também a odiar passei

Mas descobri no direito estrangeiro
Que a norma à lei não se restringe
Pois se um princípio qualquer se infringe
Cai o ordenamento jurídico inteiro

Então, norma é princípio também
E o princípio de valor está cheio
Donde se conclui sem nenhum receio

Que na norma bastante valor tem
Sendo assim, não é a norma que é injusta
Mas o juiz em sua aplicação vetusta.

TESTE DA BANHEIRA


No hospital psiquiátrico...

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: 

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?


O diretor respondeu:

- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?- e grita: enfermeira, traz a camisa de força.

Essa é para mostrar que as opções existem, mas que nem sempre as que nos são impostas são as corretas. Precisamos acreditar e agir primeiramente com os nossos olhares, não com os olhares condutores dos demais.