terça-feira, 27 de março de 2012

EMPREENDEDORISMO É PARA TODOS?

Universidades não preparam alunos para empreender




A maior parte dos estudantes universitários brasileiros não está preparada para empreender. As universidades do país ainda carecem de cursos nessa área. A constatação é de uma pesquisa feita pela Endeavor, entidade dedicada a difundir o empreendedorismo em todo o mundo.

O estudo, divulgado nesta quinta-feira (12/01), foi realizado com 604 estudantes de 16 universidades do país. Aproximadamente dois terços dos entrevistados afirmaram ter o desejo de se tornar um empreendedor, mas apenas 33% dizem ter feito algum curso para aprender mais sobre o assunto.

Quando a questão é ler livros de empreendedorismo, o número cai para 31%.

Um dos possíveis motivos para a falta de interesse em aprender mais sobre empreendedorismo é a falta de cursos que abordem o tema de maneira mais prática. Essa é uma característica comum não só no Brasil, mas no mundo também.

Professores de 16 universidades brasileiras e de 80 instituições internacionais foram questionados sobre os métodos mais utilizados no ensino do empreendedorismo. A resposta foi que os cursos são teóricos e muito elementares, apenas para dar uma introdução ao assunto. Enquanto no resto do mundo os estudantes fazem excursões com o objetivo de entrar em contato e conhecer novos negócios, no Brasil os alunos têm apenas cursos de criatividade e inovação.

Os professores afirmaram também que a maior parte das universidades brasileiras recebe menos recursos para oferecer a matéria do que as instituições de ensino ao redor do mundo. No exterior, esse dinheiro extra é direcionado para investimentos em centros e na contratação de professores de empreendedorismo.

Homens x mulheres

A pesquisa também aponta que o desejo de se tornar empreendedor é mais comum entre homens do que entre mulheres. Mais de 58% dos entrevistados do sexo masculino concordou com a afirmação de que gostariam de abrir o próprio negócio. Entre as entrevistadas, a porcentagem foi de 51,4%.

Segundo o estudo, as mulheres investem menos tempo aprendendo como abrir uma empresa e também economizam menos com o objetivo de empreender. Além disso, os homens seriam mais confiantes do que elas para encontrar maneiras de conseguir o que querem, manter a calma e encontrar soluções quando estão em apuros. Por outro lado, os especialistas apontaram as mulheres como mais capazes de focar em seus objetivos e alcançá-los.

Fonte: http://portal2.pr.sebrae.com.br/PortalInternet/Noticia


Meu olhar a respeito...

A maneira de abordar e entender o que é empreendedorismo é imprecisa. Se perguntar para alguém o que ele entende por ser empreendedor, ele dirá, grosso modo, tratar-se de um indivíduo que tem uma ideia e dela abrirá seu próprio negócio. Porém dificilmente ele saberá definir o conceito, pois ainda é vago para a nossa sociedade. Empreender não é só ter uma ideia e dela abrir-se um negócio.

É preciso entender que, embora o vocábulo “empreendedorismo” seja conhecido, seu entendimento e – digo mais – sua relação direta com o ato propriamente dito de empreender no sentido de imaginar, gerir, criar novas ideias, buscando os recursos necessários para transformá-las em negócios lucrativos é deveras novo em nossa cultura, como também em diversas outras pelo mundo afora. No Brasil, o termo foi introduzido na Década de 50 pelo então economista Joseph Schumpeter, que defini empreendedor como sendo uma “pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações”.

Embora muitos podem não concordar, podemos afirmar que ser empreendedor, para muitos, é algo impossível ou não merecedor, pois existe uma cultura erroneamente impregnada na sociedade de que somente pessoas com poder aquisitivo podem ter seu próprio negócio, ou seja, podem ser empreendedoras.

As instituições de ensino superior realmente não estão capacitadas para preparar seus alunos para serem empreendedores. E me arrisco achar que muitas nem estão preocupadas com isso ainda. O problema está antes disso tudo. É cultural. Vem do berço materno. As famílias não têm essa noção e as escolas de ensino Fundamental e Médio também não. O que é uma pena, afinal estas escolas sim deveriam já estar estrutural e didaticamente capacitadas para educar e ensinar os jovens a serem empreendedores, como também ensinar a eles Ética e Educação Financeira. Por outro lado, penso que todos os cursos superiores deveriam também conter disciplina de Empreendedorismo.

Na verdade, o método de ensino brasileiro se preocupa tão somente a preparar os jovens para o mercado de trabalho. E nem isso tem feito direito, formando cidadãos desqualificados e incapazes para assumir o posto de trabalho. E milhares desses jovens nem se quer sabe o que fazer de sua vida profissional, quanto mais serem empreendedores.

É preciso rever nosso método falido de ensino. É preciso formar cidadãos não só para o mercado de trabalho, mas também cidadãos éticos, pensantes e questionadores, visando também a busca do interesse pelo ato de empreender. E aprender a empreender não é uma coisa que acontece da noite para o dia. Trata-se de um processo educacional onde o início se deve dar a partir dos 6 ou 7 anos de idade para daí vir formando e educando o jovem até sua emancipação.

E quando se fala em empreendedorismo, não quer dizer que todos os indivíduos passarão a ser empreendedores e, com isso, terem seu próprio negócio. Não é isso. Mas uma coisa é certa: saberão empreender. E saber empreender por si só basta, por exemplo, para um bom empregado, pois trará em sua bagagem não só seu esforço e conhecimento técnico, mas também sua visão empreendedora, o que contribuirá em muito para o crescimento de uma empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Afinal de contas, ser empreendedor não é ser só capaz de gerir e gerenciar o seu próprio negócio, mas também o negócio de outrem.

O bom de tudo isso é que o empreendedorismo tem sido a bola da vez. Nunca se falou e se discutiu tanto sobre o tema. Triste, porém, é saber que nossas lideranças políticas andam na contramão. Levando-se em conta que são as micros e pequenas empresas que verdadeiramente movem as engrenagens da economia brasileira, deveria o Estado se atentar a isso, colocando em prática toda uma estruturação técnico-educacional em prol dessa capacitação. Acredito muito que nossa sociedade seria outra, bem melhor e mais capaz.

O Estado é declaradamente incompetente para educar e preparar sua nação. Se houvesse o interesse, essa qualificação, essa visão de mundo que o mercado local passaria a ter com certeza muito contribuiria para um melhor e mais consolidado crescimento do país. O empreendedorismo sem dúvida é um dos principais fatores de crescimento socioeconômico de uma nação. Portanto não há de se falar em crescimento econômico sem se falar de empreendedorismo. Ainda estamos longe dessa assimilação. Mas ainda é o começo e temos muito que aprender. Aprender a empreender. É isso.



quinta-feira, 8 de março de 2012

QUEM LHE VIU, QUEM LHE VÊ!


Olha que interessante.

1ª edição da revista Veja


A revista Veja abre seu baú ao público, disponibilizando um link com todas as suas edições, na íntegra – capa a capa – em um acervo digital. Sua primeira edição marca de 11 de setembro de 1968, e segue até 2012. Um excelente banco de dados para pesquisas acadêmicas e a quem interessar. Imagine que trabalho acadêmico interessante daria, por exemplo, em um estudo de caso comparativo das edições da revista, no âmbito linguístico?

Um fato curioso chama a atenção. Falar de Veja hoje é falar de um jornalismo atuante e investigativo, muito influente e revelador. Mas isso hoje. Se comparar com suas primeiras edições, deparamo-nos com uma revista comum, nem um pouco ousada, limitadíssima e ponderada em seu linguajar, tratando apenas de temas cotidianos e propaganda, muita propaganda.

Mas não é por menos. Estamos falando de um período ditatorial em pleno ápice no Brasil. Controlador e centralizador, onde nenhum órgão da imprensa ousaria falar, apontar, reclamar, delatar, muito menos criticar qualquer fato relacionado ao governo, a não ser em favor deste.

Diferentemente, hoje nos deparamos com uma forma de jornalismo além de muito investigativo, é também muito participativo, corajoso e destemido.

É claro que, lamentavelmente, sempre existiram e sempre existirão os jogos de interesse, as “cafetinagens políticas”, os “toma lá, dá cá” por baixo dos panos sujos da corrupção.

Mas são outros tempos. Naquele período não se podia falar quase nada. Hoje se fala muito. Essa é a diferença. Mas sabe qual é a igualdade disso tudo? A corrupção continua.

Esse é o link do acervo: http://veja.abril.com.br/acervodigital/


quarta-feira, 7 de março de 2012

A INFORMAÇÃO NA MÍDIA TRADICIONAL E NA DIGITAL

Reproduzo abaixo postagem do blog do Rigon, do dia 07.03.12, que trata da entrevista feita pelo programa Roda Vida, da TV Cultura, com o jornalista norte-americano Walter Issacson. Chama a atenção o fato de ele valorizar mais o jornalismo impresso, não sendo muito favorável ao jornalismo digital, embora reconheça a decadência da mídia tradicional.

O jornalista americano Walter Isaacson (imagem) foi o entrevistado de ontem no programa Roda Viva, na TV Cultura. Ele revelou curiosidades sobre a biografia de Steve Jobs, livro escrito por ele e que já vendeu mais de dez milhões de exemplares no mundo. E também comentou sobre os rumos do jornalismo. Isaacson foi editor da revista Time e chefe de jornalismo da CNN. Ele se mostrou não favorável ao jornalismo digital. Disse que sempre lê impressos e carrega na pasta três ou quatro revistas. Ele acha que tem mais gente fazendo blogs que lendo. E que não há notícia nos blogs. Disse que as informações são postadas em cima de reportagens que saíram na mídia tradicional, que enviou repórter ao local do fato. Isaacson considera que a mídia tradicional começou a morrer a partir da disponibilização de conteúdo gratuito na internet. “Essa não é uma boa forma de negócio”, avaliou.

O jornalista também defende a preservação do direito autoral na internet para que o autor tenha condições de publicar mais obras no futuro. E que o futuro do jornalismo será voltado para conteúdo exclusivo para tablets. “Quem sabe, um dia, o papel volte para substituir a internet”, ironizou sobre a substituição do impresso pela internet.

Meu olhar a respeito...

Por mais que tenho acessado diariamente alguns blogs e sites de notícias para me manter informado, sempre preferi mesmo ler o conteúdo impresso, seja jornal, seja revista, seja, acima de tudo, o livro.

As informações que busco em blogs e sites são notícias rápidas, com o fim da informação imediata e bem objetiva. Porém, quando almejo me aprofundar no tema, por menor que seja, sem dúvida prefiro buscar essa notícia nos meios impressos – ao menos na maioria das vezes, afinal de contas, nem sempre é possível.

Ler um livro eletrônico para mim é um martírio, um desprazer. Não dá para ficar diante da tela lendo 10, 20, 30 páginas sem causar cansaço, irritação e, pior de tudo, não encontrar aquela sensação gostosa de penetrar na emblemática narrativa, parecendo quase que um coadjuvante escondido em meio aos mais diversos cenários propiciados pela obra. Ou ainda: ler uma obra com conteúdo didático e não poder riscar, rabiscar, rasurar, circundar ou relacionar pontos cruciais para uma boa aprendizagem.

Entre alguns bons livros que já li, lembro-me de um que muito me chamou a atenção, não por sua narrativa imaginária, mas pela riqueza de detalhes dos locais que um dia almejo conhecer: os belíssimos e, ao mesmo tempo, emblemáticos edifícios, suas salas, corredores, altares, bibliotecas, porões e outros mais emblemáticos do Vaticano, relatados na obra Anjos e Demônios, de Dan Brown.

Durante as minhas envolventes leituras, a sensação que eu tinha era de estar nesses cenários, imaginando cada detalhe possível: sua formação, seu cheiro, sua cor, sua disposição física, seus personagens, enfim. É claro que a esperteza e a competência de Dan Brown em dominar uma boa narrativa, rica de detalhes, contribuíram muito para que essa minha imaginação aflorasse tanto assim. Mas asseguro que foi bem isso que senti.

Voltando ao assunto, não optaria em ter, por exemplo, um tablet para essas minhas delirantes leituras. Podem até me chamar de ultrapassado ou algo assim, mas não abro mão desse formato de leitura tão próximo e palpável, podendo manuseá-lo a meu bel-prazer e nele deixar minhas marcas indeléveis.

Embora eu penso que os meios tradicionais de comunicação estejam, vias de fato, condenados à sua pequeníssima expressão dado ao expressivo crescimento do poder comunicativo da internet em suas mais variadas formas e facilidades, fico feliz em encontrar defensores de mídia tradicional, como é o caso do jornalista Walter Isaacson.

Não que eu seja contra a evolução das coisas e contra o crescimento de outros meios de comunicação, como é o caso da internet. Porém, reforço a ideia de se ter não só o interesse pela leitura, mas também o seu aprofundamento. E isso, para mim, nada como a tradicionalíssima folha delgada feita de substância de origem vegetal, chamada celulose – o nosso tão conhecido e íntimo papel. É isso.



segunda-feira, 5 de março de 2012

PENSAMENTO

Enquanto a pessoa só está reclamando da vida, é porque está tudo bem, pois quando está ruim de verdade, ela trinca os dentes e vai à luta.

Não sei de quem é esse pensamento, mas concordo com ele. É muito comum o sujeito reclamar de tudo. Como diz o ditado: "reclama de barriga cheia". Na hora em que a coisa aperta, ele dá um jeito, se vira. É ou não é? É.


quinta-feira, 1 de março de 2012

GENTILEZA SE PÕE À MESA, MAS TAMBÉM EM QUALQUER OUTRO LUGAR


Existe uma estorinha interessante de um empregado que, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara fria do frigorífico ao qual ele trabalha.

Por um descuido, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu à porta com força, gritou por socorro por diversas vezes, mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.

Já estava há quase duas horas preso, debilitado com a temperatura insuportavelmente congelante.

De repente, a porta se abriu, o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.

Depois de salvar a vida do colega de trabalho, perguntaram ao vigia:

– Por quê foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho? O que fez pensar que ele estaria preso lá dentro?

E eis que o vigia respondeu:

– Trabalho nesta empresa há muitos anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair no final do dia, todos os dias. Hoje pela manhã, disse "bom dia" quando chegou, entretanto, não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que lhe poderia ter acontecido algo. Por isto o procurei por toda a parte e o encontrei.

Fico pensando o seguinte: quantas vezes certos funcionários – colegas de trabalho – são vistos como pessoas menos importantes e, por isso, são ignorados, não sendo dignos de atenção? Quantas e quantas vezes, no entrar e sair apressado, nem se quer um olhar ao menos? O que dirá “um bom dia”, “como está você hoje?”, “como tem passado, fulano?”

Bobagem? Não. Isso é fato. Isso acontece muito em empresas, principalmente aquelas corporações com 100, 200, 1000 funcionários, comprometidamente envolvidos em seus afazeres e que, por conseguinte, se esquecem de um simples “como vai você?”, porque chegam encima do horário para trabalhar e saem no final do expediente, com a pressa de estarem logo em seus lares.

Essas pessoas estão erradas? Pode ser. Mas da maneira que são conduzidas e educadas por um sistema sócio-econômico, acabam, de modo “mecanizado”, agindo assim, como se fossem “programadas” para se levantarem, irem ao trabalho, desenvolverem suas funções com maestria e, depois, simplesmente se retirarem para seu merecido repouso, já que o outro dia os espera.

Mas também não se pode deixar de dizer da prepotência de certos colegas de trabalho que simplesmente ignorando pessoas tão importantes quando qualquer outro dentro da empresa pelo fato de estarem em um nível hierárquico aparentemente superior.

Se pararmos para pensar, muitos profissionais se passam como anônimos em nossa rotina de trabalho. E não porque eles querem, mas por força da discriminação voluntária ou involuntária que existe entre os colegas de trabalho. E eles não estão lá à toa, afinal têm sim uma grande parcela de importância e comprometimento, pois são também os negociadores dos produtos e/ou serviços oferecidos pela empresa a qual se dedicam. O bom atendimento muitas vezes começa com o porteiro, com a recepcionista da empresa. Não acha?

Gentileza e educação nos levam ao longe. Levam-nos a respeitar os demais e, com isso, valorizar cada um, independente de sua hierarquia, permitindo que todos se sintam estimados e importantes dentro desse processo produtivo, que por si só já é um discriminador natural. É ou não é?

Então penso que jamais devemos esquecer da nossa cordialidade, nossa educação, nossa gentileza para com os demais, independentemente da hierarquia que ocupamos na empresa. E isso, logicamente, se deve estender para todos os meios. O que ganhamos com isso? Ora, o encantamento do outro. E para mim isso basta.


É SÓ MAIS UMA DE TANTAS OUTRAS POBRES ÁRVORES

O quê que eu tenho com isso!?