segunda-feira, 22 de julho de 2013

FAZER O BEM QUE MAL TEM?


Não nos cansemos de fazer o bem.
Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita.

(Gálatas 6 – 9)

PAPA FRANCISCO




Francisco, o Cardeal Arcebispo Jorge Mario Berboglio, argentino que, em 13 de março de 2013, foi eleito Papa e o 266º Sucessor de São Pedro.

Que o Papa Francisco seja mais um Santo Homem, como assim foi o nosso João Paulo II, e que sua fé seja disseminada pelo mundo afora, levando humildade e unidade entre as nações.

Seja bem vindo Papa Francisco! Que sua humildade seja carinhosamente difundida entre o povo brasileiro.

Tenho muita fé em Vossa Santidade.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

VOCÊ DUVIDA?


Há uma espécie de corrente elétrica nas grandes massas
de povo.


José de Alencar


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS BRASILEIROS?


O elefante está solto
            
            O mundo todo tem acompanhado as inúmeras, massivas e surpreendentes manifestações que o povo brasileiro tem feito nos últimos meses, tendo a internet como o local de concentração e preparação e as ruas como palco principal. São manifestações criticando inúmeros atos públicos, desde o aumento da passagem de ônibus – fator motivador inicial das manifestações – até a corrupção e insegurança que afligem a sociedade brasileira.

            O que, de fato, levou o cidadão brasileiro sair às ruas para mostrar sua insatisfação e, ao mesmo tempo, reivindicar melhorias? Qual foi o motivo de as pessoas tomarem essa decisão? Foram as conversas de bate papo pelos canais sociais da internet que as motivaram? Foi mais um modismo passageiro que milhares aderiram e se uniram para simplesmente participar e reivindicar algo? Ou foram os meios de comunicação tradicional falido que convenceram mais uma vez o povo levantar a bandeira contra uma causa? Nada disso.

            Podemos dizer que essas manifestações são uma surpresa ou uma esperada ação coletiva? Pois bem, para mim foram as duas coisas. Surpresa, pois nosso histórico de passividade sempre prevaleceu e sempre permitiu que, numa sociedade democraticamente administrada, a corrupção constitucionalizada fosse descaradamente livre e solta, tendo a impunidade como instituto de proteção em prol do corrupto. Leva-se em conta ainda uma sociedade totalmente desorganizada e descompromissada com o bem público.

            Por outro lado, foi inevitavelmente essa atitude de rebeldia de um povo que fez questão de mostrar aos seus líderes o quanto está cansado de tanta corrupção e descaso daqueles que a sociedade elege para representá-la e para administrar a máquina pública. E essas ações na prática ocorreram graças às redes sociais eletrônicas, que foram, sem sombra de dúvida, o mecanismo de concentração e de fortalecimento que levou a sociedade a se unir para, criticar, reivindicar e protestar contra diversas irregularidades.

            As inúmeras manifestações ocorridas por todos os cantos do Brasil são fortes indícios de intolerância de uma sociedade cansada de ser enganada, roubada e manipulada por políticos incompetentes, corruptos e maus intencionados, que mancharam o Congresso Nacional, mancharam a Pátria brasileira com seus interesses obscuros, estando eles investidos em cargos constitucionais que lhe garantem fazer tudo que interessa aos seus motivos pessoais e não aos motivos da coletividade, uma vez que a própria sociedade sempre permaneceu passiva e a impunidade sempre prevaleceu para a classe política. E essas manifestações sobraram até para a velha mídia, condenada pela sociedade como cúmplice da corrupção.

            Que o povo brasileiro é apaixonado por futebol, o mundo todo sabe. Isso é histórico, é envolvente, contagiante até! Ele ri, ele chora, comenta, sofre e ele é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu time. Qualquer coisa mesmo! O decorrer dos tempos fez com que o povo brasileiro não se apaixonasse e nem importasse muito pela política como tem se apaixonado e se importado pelo futebol. E isso é lamentável, de certa forma. Eis aí o porquê de toda essa corrupção pública. Somos ótimos comentarias esportivos, técnicos de futebol, mas não somos bons ao falarmos de política e administração pública. Sem falar que o conceito de coisa pública não é bem definido na cabeça da maioria das pessoas. E isso justifica o descaso que o brasileiro sempre deu para esse tema. Sai presidente, entra presidente; sai prefeito, entra prefeito e o máximo que fazemos é eleger os candidatos e depois criticá-los por erros e falcatruas.

            O que estamos vendo nas ruas não é sinal de amadurecimento político da sociedade brasileira. Ainda não. O que estamos vendo nas ruas é uma excepcional revolta genuinamente popular, originada por uma forte indignação coletiva. Não se trata de uma manifestação pública contra um governante qualquer, um partido político qualquer ou contra um tema qualquer. É um forte interesse por questionar aquilo que a sociedade, a tempo, vê como errado e nunca fez nada. Não se trata de um amadurecimento político, não podemos descartar um forte sinal de um despertar da sociedade pelas causas públicas.

            A pergunta que podemos tirar dessas manifestações é essa: Como não existe dinheiro para investimento na saúde, na segurança e na educação se existe para mega reforma de estádios de futebol? O povo não é idiota! E tolerância tem limite. Indignadas, as pessoas saíram decididamente às ruas, em milhares, para cobrar explicações e, mais importante ainda, cobrar mudanças para melhoria de nossas instituições públicas, com o fim da corrupção e com a utilização apropriada do dinheiro público. E nossos governantes só não percebem mesmo por não quererem perceber.

            Pessoas mal intencionadas sempre existiram aonde quer que estejamos. A sociedade brasileira precisa aprender a se envolver mais na vida política se ela quer menos corrupção, mais comprometimento dos políticos e maior transparência das coisas públicas. E para isso não precisa ser político ou especialista. Precisa ter consciência de que as pessoas, como cidadãos, devem se envolver para fiscalizar e cobrar resultados. É essa consciência que precisamos ter. Devemos ser fiscais daqueles que optamos em colocar na administração pública. Em outras palavras, não tem mais sentido algum ficarmos a reclamar das falcatruas descaradas e não agir.


            A sociedade brasileira foi, por bom tempo, aquele enorme elefante preso apenas por um cordão. Hoje esse elefante percebeu que está solto e que pode agir, pode correr, pode impor sua tão grande força. Agora, com a consciência de sua força, a sociedade precisa se organizar, acompanhar e cobrar cada dia mais das lideranças, em todas as suas esferas. A sociedade precisa ser comprometida com a política, com o bem público, com os temas voltados à coletividade. Só assim poderemos – e conseguiremos – fazer do Brasil um país verdadeiramente justo e fraterno. E isso é crescimento. Um país é aquilo que seu povo representa e deseja. E a Democracia deve ser plena e eficiente, caso contrário perde a razão de ser. Então, vem prá rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil!