sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O PODER DA APRECIAÇÃO




Qual o conceito que temos de apreciação? Quando falamos em apreciar, remetemo-nos tão logo a um bom vinho, um suculento prato típico, um filme que ouvimos falar e desejamos muito assisti-lo, ou coisa assim. Dificilmente paramos para refletir sobre outras possibilidades de aplicarmos tão bem quanto o verbo apreciar.

Nessas minhas abstrações – e essa é mais uma delas – quero iniciar o assunto trazendo um exemplo resgatado do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas. Nessa literatura, tem uma passagem no mínimo interessante que trata exatamente sobre esse tema: a importância da apreciação. Com essa leitura, tive a oportunidade de aprender o outro lado do verbo apreciar, ou melhor, uma outra maneira para ser aplicado e que traz surpreendente resultado no âmbito das relações humanas. Para exemplificar o poder da apreciação, Dale Carnegie, autor desse livro, traz um bom exemplo, abordado, segundo ele, num programa de rádio, em que o apresentador relata uma história reveladora. Disse ele então:

“(...) uma professora de Detroit solicitou a Stevie Morris que a ajudasse a procurar um camundongo que estava solto na sala de aula. Entenda-se: ela apreciava o fato de que a natureza houvesse dado a Stevie algo que na sala ninguém possuía. A natureza havia dado a Stevie um aguçado par de ouvidos para compensar sua cegueira. De fato, era aquela a primeira vez que alguém reconhecia a capacidade de seus ouvidos. Hoje, após muitos anos, ele afirma que aquele ato de consideração iniciava uma nova vida. A partir daquele momento, começou a desenvolver seu dom auditivo e esforçou-se por se tornar, sob o nome artístico Stevie Wonder, um dos maiores cantores e compositores de música popular dos anos 70”.

Com esse breve exemplo, que trata de um homem excepcional naquilo que se propôs a fazer, mesmo dada a sua limitação visual – compor, tocar e cantar com a alma, deparamo-nos com um cenário, visto não só pela sua relevante exposição frontal, mas também por aquilo que o estabelece e sustenta nos bastidores.

Se do lado da frente desse cenário existe o influenciador poder da apreciação, que motiva, desperta e realiza transformações na vida das pessoas; do lado de traz, nos bastidores, encontram-se a sensibilidade, a assertividade e o entusiasmo de pessoas predispostas a agir em seu dia a dia com bons propósitos, seja com os familiares, seja com seus subordinados ou colegas de trabalho, seja em reuniões com amigos, seja ainda com pessoas desconhecidas, de modo a reconhecer o que há de bom nos outros em sua volta. Desligando-se de si próprias, do orgulho e da avidez, essas pessoas buscam olhar o próximo não visando o seu lado fraco ou ruim, mas valorizando-o e estimando-o com palavras de elogio e de reconhecimento de modo verdadeiramente sensível e direto. Esse ato, tão simples e humilde, tão poderoso e fortalecedor, tem o poder de transformar por completo e de fazer milagres na vida das pessoas.

Mas porquê estou falando sobre isso? Porque tais pessoas enxergam e praticam a outra ação desse verbo. Elas têm a humildade e a sensibilidade de reconhecer o poder da apreciação, pois sabem muito bem o quão importante é a apreciação sincera por alguém ou por aquilo que alguém faça ou possa fazer de bom. A apreciação faz bem e não nos custa nada, diferentemente da depreciação e do julgamento, que são condenadores e preconceituosos. E a apreciação é inversamente proporcional à bajulação.

Enquanto que a apreciação é algo que emana verdadeiramente do coração, que tem um sentimento muito forte e positivo e que sua consequência é a valorização e crescimento do ser; a bajulação, por sua vez, é algo exterior, obscuramente falso e visa um interesse egoístico qualquer, não de reconhecimento, mas de censurável interesse de outrem por qualquer que seja o motivo racional ou mesmo irracional. E ainda: enquanto que a apreciação enobrece, a bajulação empobrece e causa muito mal. Todavia, importante dizer que existe, na prática, uma linha tênue que divide a apreciação da bajulação e que, portanto, devemos observar.

Para melhor entendimento, trago aqui o significado das palavras apreciação e bajulação. O dicionário Michaelis assim as define. A palavra APRECIAÇÃO significa: sf (apreciar+ção) 1 Ato ou efeito de apreciar. 2 Estimação do valor de alguma coisa; avaliação. Enquanto que a palavra BAJULAÇÃO tem por significado: sf (lat bajulatione) 1 Ação de bajular. 2 Adulação interesseira; chaleirismo.

As pessoas querem ser reconhecidas. Todas desejam isso no mais profundo de seus sentimentos. Trata-se de uma necessidade social. E muitas entram em crise estrema, ficam doentes por não conseguirem tal reconhecimento, por não serem reconhecidas pela sociedade ou mesmo pelas pessoas em sua volta. Todos nós queremos ser reconhecidos naquilo que somos e naquilo que fazemos. O reconhecimento é o estímulo para o crescimento do ser.

“O mal fiz uma vez, e sempre falaram; o bem fiz duas vezes, mas nisso nunca falaram”
(Dale Carnegie)

Apreciar e encorajar são duas formas verdadeiramente eficazes para despertar o interesse e, com ele, o entusiasmo das pessoas e seu crescimento pessoal. O problema é que muitos estão terrivelmente habituados em criticar, julgar e subestimar a potencialidade dos outros. Não têm olhos senão para depreciar. Mas pessoas assim estão, na verdade, se espelhando naquilo que enxergam de negativo nas outras pessoas para servi-lhes de juízo de valor equivocadamente tolo, como se avalizassem pretensiosamente a negatividade do ser, e aí tudo se justifica como certo e normal.

O apreço salva vida, transforma e abre caminho para os bons relacionamentos. Apreciar honesta e sinceramente é como se fosse uma fórmula mágica que provoca uma transformação na vida de alguém. E a apreciação tem um efeito reflexo. Se, de um lado, beneficia aquele que é estimado, entusiasmando-o e aumentando-lhe a autoestima e sua coragem; do outro, é a chave que abrirá portas para a conquista da simpatia, do bom relacionamento e da cooperação.

É preciso que desatemos o nó do rigor enrijecido e sistemático para sermos humildes o bastante em reconhecer no outro o seu valor, a sua capacidade e a sua importância, desarmando-nos do olhar crítico e severo que tão somente nos enfraquece e nos empobrece. Desse modo – e somente desse modo – é que teremos o verdadeiro apoio entusiástico das pessoas, o reconhecimento e a dedicação. Isso é crescimento pessoal, mas, acima de tudo, é crescimento espiritual.

E por falar em humildade, existem algumas passagens na Bíblia que tratam desse tema. Faço questão de citar duas importantes conhecidas: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8).

O significado mais nobre de humildade é a capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações, e ainda: demonstração de respeito, submissão, consideração. Por sua vez, diverge-se de ostentação.

Portanto, é preciso e tão importante que sejamos humildes para agir com humildade. E, através de nossa humildade, capacitamo-nos espiritualmente para servir e também ser servidos; para apreciar o que há de bom nas pessoas e sermos apreciados; elogiar e sermos elogiados. Sem a humildade não reconhecemos nossos próprios defeitos e não teremos olhos para elogiar, muito menos para estimar os outros. Manifestar apreciação é também sermos gratos para com o outro; é reconhecer no outro aquilo que desejamos ser efetivamente reconhecidos; é valorizar as coisas mais simples de cada um de nós; é olhar com olhos santos. Com apreço e gratidão rompemos infinitamente as barreiras em nossas relações interpessoais e, com certeza, conquistaremos a simpatia e a atenção de todos.

Por fim, se desejarmos obter o apoio e o comprometimento das pessoas, devemos, antes de qualquer coisa, desarmarmo-nos da fraqueza em criticar os erros e as ações para, com olhos imaculados, observarmos no outro os pontos positivos que possui e que todos têm. O elogio, sincero e verdadeiro, é transformador e derruba obstáculos e preconceitos. E o sorriso, por sua vez, tem o mágico poder de chancelar a efetivação do bom relacionamento.


domingo, 7 de outubro de 2012

ACABO DE VOTAR


Levantei-me, peguei o meu título, encaminhei-me ao colégio próximo de minha casa, apresentei-me aos mesários, e, enfim, votei. Votei feliz por um lado; irritadíssimo, por outro. Mas votei convicto do que fiz e pretendo fazer. 

Resultado:


Para prefeito meu voto foi para...

Xiii, não foi. Anulei com muita tristeza e indignação, devido essa baixaria desenfreada e corrupta que se depara na politicagem de minha cidade entre politiqueiros e tolos cidadãos vulneravelmente corrompidos e enganados. E não quero falar sobre isso.
Só digo que é uma pena que não votei para prefeito! Espero que eu seja surpreendido. Mas duvido.


E para vereador, meu voto foi para...

HUMBERTO JOSÉ HENRIQUE



Dados do Candidato
Cargo a que concorre: Vereador
Nome para urna: Humberto Henrique
Número: 13333
Estado: Paraná
Município: Maringá
Partido: Partido dos Trabalhadores - PT
Coligação: Maringá de toda a nossa Gente - Pt - Pcdob - Ppl (PT / PPL / PC do B)
Situação: DEFERIDA.

Esse é meu candidato a vereador. É aquele que acreditei e ainda acredito em sua honestidade (pena que é do PT). Mas sei que é gente do bem que quer o bem. Torso por você, Humberto. Você é um dos caras que têm carater e personalidade. A você devemos  - como cidadãos interessados pela moralização e seriedade da câmara municipal e dessa administração tão maculada - estar sempre dispostos a lhe ajudar. Desejo muito que você seja reeleito, pois com você sim a mudança continua.


NÃO PODEMOS É DESISTIR



Em Jerusalém, uma repórter da TV vai ao Muro das Lamentações para entrevistar um velho palestino. Chegando ao local, vê que ele está rezando. Depois de uma hora, o ancião para de rezar e, quando se prepara para deixar o local, ela o aborda:
- Bom dia, senhor! Eu sou da TV Al Jazira e queria entrevistá-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ah... há uns 80 anos - responde o provecto senhor.
- Nossa! 80 anos! E o senhor rezou pedindo o quê, nestes anos todos?
- Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio pare e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade.
- E como o senhor se sente após 80 anos de orações diárias?
- Sinto-me como se estivesse falando com a parede...


Um dia mudará.
Um dia...
Um dia que mudará um dia.
Mudará?
Um dia...
Mudará.

PT É ESSA COISA AÍ



Conversa entre petistas

- Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - respondeu o militante.

- E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - novamente respondeu o valoroso militante.

- E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?

- É claro que doaria - respondeu o orgulhoso companheiro.

- E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?

- Não - respondeu o camarada.

- Mas por que você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?

- Porque as galinhas eu tenho.


SONETO JURÍDICO



Ensinaram-me que a norma era a lei
Tão-somente a lei mais nada era a norma
Por eu não gostar da lei, dessa forma
A norma também a odiar passei

Mas descobri no direito estrangeiro
Que a norma à lei não se restringe
Pois se um princípio qualquer se infringe
Cai o ordenamento jurídico inteiro

Então, norma é princípio também
E o princípio de valor está cheio
Donde se conclui sem nenhum receio

Que na norma bastante valor tem
Sendo assim, não é a norma que é injusta
Mas o juiz em sua aplicação vetusta.

TESTE DA BANHEIRA


No hospital psiquiátrico...

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: 

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?


O diretor respondeu:

- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?- e grita: enfermeira, traz a camisa de força.

Essa é para mostrar que as opções existem, mas que nem sempre as que nos são impostas são as corretas. Precisamos acreditar e agir primeiramente com os nossos olhares, não com os olhares condutores dos demais. 


domingo, 12 de agosto de 2012

E AS ELEIÇÕES ESTÃO AÍ



O homem que se vende recebe sempre mais do que vale
(Barão de Itararé)

Essa frase vem no momento certo para dizer a coisa lamentavelmente certa. Em época de campanhas políticas, lícitas ou ilícitas; justas ou injustas; certas ou erradas; pobres ou milionárias, o que vimos são “vias levianas de duas mãos” em busca de interesses que visam apenas satisfazer desejos próprios. Pessoas corruptas de um lado e corruptivas de outro traçam cenários vergonhosos de nossa pútrida sociedade oportunista. E a carapuça está disponível a quem interessar possa.

Interessar. Até parece! Jamais. Quem é corrupto o bastante, também é covarde e crápula o bastante para se camuflar em simpática pessoa, polida e cavalheira, defensora dos mais altos princípios e éticas, disposta a mudar o mundo. Não sabe governar sua cozinha, quer governar a Maringá inteira. E sabe qual é o pior de tudo isso? Ainda tem quem acredita nela.

Para mim, existem três expressivas classes de pessoas que se envolvem na política. Na primeira classe situam-se as do tipo acima, gananciosas que visam interesses obscuramente particulares, são bandidas e aproveitadoras; já na segunda classe, encontram-se pessoas bem intencionadas. Porém essa classe, por sua vez, subdivide-se em duas subclasses: de sujeitos fracos, que em algum momento de sua gloriosa vida política aceitarão o preço que lhes será imposto, por qualquer que seja o motivo, corrompendo-se imediatamente; e de sujeitos fortes e determinados, que defendem até o fim seu objetivo de fazer o bem à sociedade, porque têm propósitos e sabem muito bem o que estão fazendo; e, por fim, preciso dizer da classe dos medíocres aventureiros (que não é pequena) que visam apenas duas coisas: a ascensão social e a segurança de um bom salário, mesmo que seja por um determinado período curto de tempo. Pobres aventureiros! Essa classe de pessoas se aventura a cargos públicos, mas com um conhecimento, com uma bagagem cultural tão mediocremente pequena que acabam, quando muito, criando projetos como, por exemplo, dar nome às ruas. E a sociedade paga caro por isso.

Para assumir um cargo público, não basta querer. Tem que ter vocação. Tem que ser forte e ético o mais que suficiente. Tem que ter discernimento e ser honrado o bastante. Afinal, está lidando com o bem alheio – o patrimônio público. E se é público, não é objeto de negociação, muito menos de apropriação. Para assumir um cargo público, precisa saber que trabalhará para a sociedade, não para ele mesmo ou para crápulas manipuladores da administração pública, que sempre existirão, mas que precisam ser expurgados de nossas esferas políticas.

Embora apaixonado pela política e ainda acreditar muito nela, confesso que muitas vezes tenho vergonha de mim mesmo, vergonha como pai de família, vergonha como trabalhador honesto, vergonha como cidadão por ser, lamentavelmente, dependente de muitos crápulas investidos em cargos públicos, que sugam boa parte daquilo que contribuí como cidadão para o crescimento da sociedade. Estou cansado de politiqueiros safados, que se atracam em cargos públicos, como o cão se atraca no osso e não larga mais. Tenho vergonha sim, pois esse bando convive e faz parte da mesma sociedade em que vivo e persistem ocupar o trono de nossa administração.

Tenho arrepios quando chegam épocas como essas em que devemos (somos obrigados) votar. Penso que preciso conter minha educação e ética para não perder a compostura e dizer algumas verdades que a muitos que se aventuram no âmbito político e que vêm com um sorriso sinicamente esculachado na cara me pedir voto. Um bando de inexperientes administradores que se candidatam almejando um cargo político, seja a prefeito, seja a vereador, visando não só uma posição social ligeiramente avantajada, mas também o engordo de seu bolso. São sujeitos que dizem saber pouco de tudo, que possuem vasto conhecimento disso ou daquilo, mas que, na verdade, sabem quase nada, que dirá preparo para assumir o cargo que de uma hora para outra se acham competentes.

Alguns já me vieram pedir voto, insistindo nas mesmas promessas mirabolantes e medíocres. Propostas que nem são de competência do cargo que almejam. Propostas incertas, duvidosas, cômicas até, e de um gosto lamentavelmente duvidoso. Pobres ignorantes políticos!

Como dissera o poeta Gregório de Matos, em seu tempo, replico aqui no meu tempo, em nosso tempo, no tempo que pouco se evoluiu e que ainda somos obrigados a ver tantas asneiras de asnos candidatos a cargos públicos. Esperneia e grite em seu túmulo, nobre poeta. Manifeste-se poeta da boca maldita, que muitas verdades já dissera e que cabe aqui serem reditas:     

A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.

Em cada porta um bem freqüente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,

Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.

Viva a democracia, escancarada e libertina, que favorece a todos, mais ainda àqueles maus intencionados crápulas aproveitadores e destruidores dos mais nobres valores que uma sociedade como tal poderia ter.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

FESTA JULINA DO NOBORU



No dia 21 aconteceu mais uma festança julina do meu amigo Noboru Yamamoto. Ele, sua família toda e seus bons vizinhos fecham a rua – com a devida autorização – e lá só entravam os “caipiras”. Já perdi as contas de quantas já se passaram, mas já já esse evento fará parte do calendário cultura da cidade.



Com direito à fogueira, a festa reuniu muitos amigos e pessoas conhecidas. Até um velho amigo (está velho mesmo) pude encontrar lá. Laércio Rodrigues, que trabalhamos bom tempo juntos e muito nos divertimos falando bobagens. Só falando, fazendo não. Não é mesmo, Laércio? Boa sorte para você nessa sua empreitada. Desafio e tanto! Sabe, eu até tentei arriscar pular a fogueira, como segue a música, mas a bicha estava quente demais.





Noboru, meu amigo, bicho bom, honesto e muito honrado que, depois de velho, está novo, com novo visual, sem bigode (quem diria!) e em perfeita forma atlética. O que você anda fazendo, hem Noboru!? Ensina aos amigos.


Muita Saude e Paz para você e sua Família.


sábado, 14 de julho de 2012

BANHO DE GATO

SERÁ MESMO?



Ora bolas, vendo esse vídeo fico frustrado, pois me lembro, quando moleque, das dezenas de milhares de vezes que tentei ensinar meu bichano (para não falar "meu gato" e aqui causar má impressão) a tomar banho. O bicho saia de casa, ia lá ao monte de areia e fazia suas necessidades, por sinal bem onde eu costumava brincava com meu irmão e meus amigos. Putz, que merda! E como nem ele próprio suportava o mal cheio daquela bostanhada toda, procurava imediatamente cobri-la com areia. Eu estou para ver bosta mais fétida, fedorenta, malcheirosa, podre do que as dos bonitinhos e carinhos gatinhos. Será que existe? Duvido.

Levando-se em conta a nobre preocupação do bichano em cobrir seu serviço e como vivia sempre dentro de minha casa, folgadamente esparramado sobre meu sofá a balançar sua calda de um lado para o outro sem parar, eu achava, em minha santa ingenuidade, coerente dar uma lavadinha no bicho de vez enquanto, com direito a sabão em pó, xampu e algo mais, do mesmo modo que eu fazia com o meus cães, que gostavam muito. Quer dizer, eu acho que gostavam. Eles saiam feitos loucos pelo quintal afora, atravessavam a cerca e sabe lá para onde eles iam. Às vezes demoravam em retornar. Mas retornavam. Eu pensava assim: “Ah estão limpinhos, estão cheirosos. Só poderiam ter descolado uma gata, que dizer, uma cadela para paquerar”.

Voltando para a história do gato, foram diversas tentativas frustradamente inúteis, pois o felino se recusava impetuosamente a molhar a cara, que dirá o corpo todo. No final ele sempre ganhava. E eu? Bem, eu sempre precisava do auxílio de minha mãe para me curar dos arranhões e mordidas que, covardemente, o bicho selvagem me fazia. Eu até achava que ele nunca mais retornaria para mim de tanta raiva. E eu dele, claro. Mas sei que no fundo ele gostava muito de mim, de meus carinhos e brincadeiras que propiciava a ele. Por sinal, lembro-me de meus cãezinhos que morriam de inveja dele. Acho que era inveja. Não era à toa que por diversas vezes eu tinha que subir no telhado para resgatá-lo dos seus arquirrivais.

Esse bicho no vídeo acima não deve ser gato. Com certeza não é. Impossível um gato tomar banho. Olha que eu tentei, hem! Por muitas incansáveis vezes. De todas as formas possíveis. Lembrou-me de quando resolvi amarrá-lo. Bem, isso não vem ao caso agora. Mas não aceitar nem uma lavadinha no rosto? Que frustração minha! Por isso que eu não quero mais saber de bicho pequeno. Só bicho grande, tipo assim, gado, cavalo, onça, que é um bicho dócil e de fácil relacionamento.

terça-feira, 10 de julho de 2012

QUE MUNDO MARAVILHOSO

CARPE DIEM




What a Wonderful World

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também,
Eu as vejo florescer para mim e você,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas,
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu,
Estão também nos rostos das pessoas que se vão.
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer.
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso.


Prá quê guerra? Prá quê discórdia?
Prá quê dor? Prá quê solidão?
Tanto sofrimento, tanto desamor,
Num mundo que parece não ter perdão.

O que precisamos para viver
Já temos sem nenhum esforço.
Mas se desejamos algo mais,
Lutamos cegamente feito loucos.

Essa Terra onde vivemos é abençoada e generosa.
Dádiva Divina, que recebemos sem nenhum “tostão”.
Porém alguém ousa dizer: - “Mas, ora, não tenho tudo que quero!”.
Direi, então: que pena, que dor, que difamação!
Afinal nela nasci, vivi e morri, com muita fé e compaixão.

Quer presente maior? Impossível, asseguro que não há.
O mistério da vida não temos poder para decifrar.
Mas temos a graça e a oportunidade de aqui passar.
A graça e a oportunidade de aqui compartilhar.

Chega de tristeza, chega de queixa, chega de dor.
Vivamos humildemente na grandeza desse Amor.
Amor ao próximo, Amor a si mesmo.
Amor a tudo que recebemos, de graça e sem medo.
Simplesmente Amor.


Vladimir Eduardo Massetti


segunda-feira, 2 de julho de 2012

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

TICKET DE ESPERA



A ideia da campanha foi ótima. Parabéns para quem a criou. Até acho que deve espalhá-la por todos os cantos de nosso país para servir como incentivadora e motivadora. Os próprios meios de comunicação deveriam ser mais prestativos em falar mais sobre o tema.
Vejo casos de famílias que doam órgãos de entes queridos que, por fatalidade do destino, se vão. E para “não irem por completo”, optam em deixar uma córnea aqui, um rim ali, um coração acolá.
Mas e a nossa consciência a respeito disso? Será que estamos mesmo preocupados com esse tema? Estamos mesmo preparados para tratar desse assunto? Tenho minhas dúvidas. Nunca fui orientado pelos meus pais, nunca um professor me disse da importância de doar um órgão; e ainda existe um tabu muito forte, sem falar do comércio que está por trás de todo esse processo de transplante de órgãos.
Sei que se trata de uma atitude minha e sei também da importância e nobreza da doação. Mas penso que só nos atentamos ao tema quando, de fato, acontece conosco ou com alguém muito próximo de nós.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

QUEM NÃO SE LEMBRA DESSA?




Vaca amarela
pulou a janela,
quem falar primeiro
como toda a bosta dela.

Vai dizer que você nunca brincou!?


AINDA SOBRE CORRUPÇÃO



O nosso Judiciário é, sem dúvida, muito competente para punir os corruptos.
A questão é: será que quer?

Querer e poder nem sempre caminhos juntos.


RICO HONESTO X POBRE CORRUPTO*



"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a”.
Adrian Rogers, 1984

Meu olhar a respeito é de tristeza e indignação, pois no mundo capitalista em que vivemos, a ambição de muitos é voltada a adquirir vantagens próprias em detrimento dos demais. Sendo, para mim, talvez o lado mais negro de todo esse cenário sócio-político-econômico, pois o mecanismo para a turva ambição desse tipo de pessoa é a própria corrupção. A esses corruptos caberia a lei veementemente punitiva. Caberia, pois, infelizmente nosso país não pune os seus algozes ladrões oportunistas de plantão. E esse triste cenário horrendo é notado em todas as esferas sociais, políticas e econômicas de nossa nação. Portanto ressalto que não estou falando apenas de maus políticos, antes disso, refiro-me aos maus cidadãos. Não fossem por estes, não existiriam aqueles.

Não se deve jamais fazer apologia àqueles indivíduos que se enriquecem de forma ilícita. Todavia, àqueles que deram o sangue, dedicaram suas vidas ao trabalho justo e, se não bastasse, honraram os impostos que a eles foram cruelmente exigidos, esses sim merecem todos os méritos. Precisamos não esquecer que do mesmo modo que existem corruptos, também existem homens do bem, pessoas éticas e notórias, dignas de respeito e admiração. E pensando nessas pessoas, não é justo nem saudável que um governo pretensiosamente subtraia o seu quinhão, punindo cidadãos trabalhadores e éticos e deles arrancando parte de seu suor, enquanto que outros, corruptos ou vagabundos, despreocupados com seus compromissos na condição de membro da mesma sociedade, sejam agraciados, sem fazer algo em troca. O crescimento de um país resulta do crescimento de seu povo. É justo que uns colaborem com o crescimento social e outros não? Não, claro que não.

Quando líderes de uma nação tiram o dinheiro público, através de bolsa-auxílio em suas mais variadas formas, para dar a quaisquer pessoas despreocupadas com o crescimento coletivo, estamos diante de um governo ignorantemente pseudo socialista, que visa interesses obscuros próprios ao “fazer sombra com o chapéu alheio”, com o objetivo de se promover e se corromper a cada dia por interesses promíscuos e desleais para com seu povo. E ainda: quando esse mesmo governo tira o dinheiro da saúde, da educação e da segurança para assim aplicá-lo exorbitantemente em estádios de futebol, aí só posso tristemente imaginar na sua decadência insana.

Nada na vida é de graça. Deve-se fazer por merecer. A isso chamamos de Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter). Nunca aceitei a ideia de dar o peixe, a não ser ensinar alguém a pescar. Portanto, acho que nunca conseguirei entender e nem aceitar essa ideia de dar, doar, entregar de graça determinada bolsa auxílio para um cidadão ou cidadã – com braços, pernas e capacidade físico-mental para exercer determinada função social – e que não ofereça nada em troca. Talvez eu não me manifestasse sobre esse assunto se se tratasse de um ou outro auxílio a pessoas realmente necessitadas, impossibilitadas de exercer uma atividade profissional, por mais simples que seja. Talvez. Mas a questão é que, na grande maioria das vezes, não se trata de um auxílio; da mesma forma, não se trata de um necessitado que faz jus a esse benefício governamental (não social).

Um dia desses, conheci um sujeito que dissera ser pescador profissional. Até me mostrou, afoito, a sua carteirinha de pescador. Aprofundando-me propositadamente no assunto com ele, descobri que, na verdade, ele fazia parte de um cadastro de pescadores que, no período da piracema, recebem salário auxílio do governo federal. Acho prudente que pescadores recebam o referido auxílio em período de proibição à pesca, já que dela dependem para sua sobrevivência. Mas, aquele cidadão, em particular que conheci pessoalmente, não fazia jus a esse benefício. Ah, não mesmo! Por quê? Bem, isso é uma outra história.

Precisamos ser éticos, agir com ética e respeito aos demais concidadãos. Não é justo que um indivíduo trabalhe mais que o outro e não seja reconhecido como tal e seja penalizado. Do mesmo modo, não é justo que uma parte da sociedade seja oportunista ao ponto de visar favorecimentos e interesses próprios em detrimento às desgraças alheias. Cadê nossos limites? Cadê nossa moral e respeito pelo próximo? Será que perdemos de vez por todas? Se isso for, vivemos em um estado dividido entre as normas constitucionais e o instinto selvagem natural, que não nos peguemos de vez uns contra outros em virtude de uma linha tênue de normas que ainda nos “coleira”. E olha que essa linha pode se romper a qualquer momento. Aí sim retornaremos ao estado natural de selvageria. Mas prefiro acreditar que a grande maioria de nossa gente ainda é gente do bem. O problema é: até quando essa gente do bem suportará tudo isso? Não sei não!


*Rico de espiritualidade x pobreza de espírito

quarta-feira, 11 de abril de 2012

NÃO FOI ACIDENTE


Existe uma norma, prevista no Tratado Internacional denominado Pacto de São José da Costa Rica, também conhecido como Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, que estabelece garantias judiciais a qualquer cidadão. Em seu Artigo 8º, inciso 2, mais precisamente em sua alínea 'g', diz o seguinte:

1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as dividas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

2. Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:

a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal;

b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
c) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa;

d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;

e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;

f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos.

g) direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada. (grifo nosso).

A legislação brasileira interpreta essa alínea 'g' de forma plena, de modo a concluir-se que "ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo". Daí a tão comentada frase nos meios jornalísticos e sociais de nossa comunidade nos últimos dias, dado o crescente número de homicídios no trânsito por embriaguês.

Vale ressaltar que a nossa Constituição Federal, por sua vez, baseou-se nessa norma para estabelecer o Artigo 5º, LXIII, que diz o seguinte: “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado” (grifo nosso).

E é com base nisso que se discute a (i)legalidade do uso do bafômetro para comprovar se o condutor está ou não bêbado, pois, com base em nossa lei, o condutor estaria fazendo prova contra si mesmo.

Entretanto nossos congressistas e nosso tão maculado Judiciário não se dão conta de que as leis são oriundas também de princípios e costumes, devendo, com base nisso, observar a supremacia da ética sobre aquilo que se intitulou como norma, para entender que o direito à vida busca respaldo não só na Constituição Federal, mas também em todas as declarações internacionais de direito.

Portanto é preciso entender que a salvaguarda do direito à vida deve transpassar qualquer fronteira jurídica que venha obstruir sua real defesa.

Então não podemos aceitar, de forma alguma, que um verbo da lei faça com que a sociedade fique impedida de punir um indivíduo que, ciente dos riscos que este poderá ocasionar a um outro, venha covarde e irresponsavelmente suprir uma vida ou mesmo limitá-la.

Muitas leis já foram criadas e muitas já foram relidas e readaptadas em busca de sua perfeição. Essa questão de não se permitir que produza prova contra si mesmo é ridícula e censurável no que diz à proteção da vida de outrem. Desse modo, é mais que o momento de refletir a respeito. É momento de fazer valer a punição veemente dos condutores de veículo que utilizam-no covardemente como arma contra o cidadão de bem.

E como nossos líderes têm demorado muito para entender o que é o certo e o que é errado, precisamos nós, cidadãos, mobilizarmo-nos para mostrar a eles o caminho da coerência jurídica. Ajude a mudar esse pensamento. Vote. Acesse o site.

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TEMOS O DEVER MORAL DE PARTICIPAR E DEFENDER ESSA CAMPANHA.

Detalhe: não estou fazendo apologia à nenhum programa, mas defendendo e participo aquele que tomou decisão em agir em prol da sociedade. E quero também estar fazendo a minha parte como cidadão do bem.