segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Explicar prá quê?



Está em fase de gravação e com estreia marcada possivelmente para início do ano que vem o filme nacional 400 contra 1, do diretor brasileiro Caco Souza, que se propõe a explicar o surgimento do crime organizado do Brasil, focando uns dos mais famosos grupos criminosos. Dizem que o objetivo é ajudar a entender a atual situação do crime no Rio de Janeiro. Pasmem!


Não quero e nem vou ficar a falar sobre tal filme, muito menos criticar seus idealizadores. Porém uma coisa muito me intriga: por quê a sociedade precisa entender do surgimento da criminalidade, ou ainda, como se dá a organização de grupos criminosos? Para que mais grupos surjam? É para ensinar o beabá da criminalidade?

Ora, o que se precisa entender é a necessidade de segurança na sociedade, e não procurar explicar a sua falta. É preciso igualdade social, educação, respeito, honestidade acima de tudo. E não podemos, jamais, fazer apologia à criminalidade. Jamais. O que se tem com tudo isso é um efeito contrário. Dramático. Daqui a pouco a sociedade cairá terra abaixo e começará a pensar que errado é aquele indivíduo correto, pagador de impostos, que não falta com suas obrigações perante o seu próximo e perante toda a sociedade.


A impressão que fica é que usa-se de uma espécie de eufemismo para dizer à sociedade "olha, o crime organizado existe e veio para ficar, gostem ou não, e defenda-se quem pode", dessa forma fazendo com que a sociedade aceite calada.

Por quê não fazer um filme para conscientizar os nossos políticos da necessidade de atender às carências da nossa sociedade, pobre, deficitária, indefesa? Talvez sim ensinar a ele o beabá da honestidade. Precisamos de ídolos, mas de ídolos bons. Seríamos o melhor país do mundo. Seríamos.

Desculpe-me, mas apologia ao crime jamais. Eu disse: JAMAIS.



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